A população brasileira continua sofrendo com dívidas e contas em atraso. Em junho de 2023, a dívida no Brasil voltou a crescer, atingindo 78,5% das famílias do país. Este é o nível mais alto desde novembro de 2022, ou seja, em sete meses.

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Afinal, o avanço seguiu três meses de estabilidade, quando a dívida chegou a 78,3%. Apesar da timidez, o aumento foi muito ruim para a população, pois reflete o aumento das dificuldades financeiras das famílias brasileiras.

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A situação é ruim desde o ano passado. Em 2022, o Brasil teve o maior percentual de pessoas endividadas já registrado pela Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), e não houve melhora na situação financeira das famílias do país neste ano.

De acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), responsável pela Peic, o endividamento do país vem perdendo força nos últimos meses de 2022. No entanto, o patamar ainda era muito alto neste início de ano.

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Confira abaixo as taxas de endividamento dos brasileiros nos últimos meses:

  • Setembro de 2022: 79,3%;
  • Outubro de 2022: 79,2%;
  • Novembro de 2022: 78,9%;
  • Dezembro de 2022: 78,0%;
  • Janeiro de 2023: 78,0%;
  • Fevereiro de 2023: 78,3%;
  • Março de 2023: 78,3%;
  • Abril de 2023: 78,3%;
  • Maio de 2023: 78,3%;
  • Junho de 2023: 78,5%.

Especificamente, a relação dívida/PIB do Brasil aumentou significativamente em 2021, refletindo o impacto da pandemia de covid-19, e a trajetória continuou a subir em 2022, atingindo seu pico em setembro.

O cenário desafiador em que o país se encontra com inflação elevada levou o Banco Central (BC) a elevar as taxas de juros no país e reduzir o poder de compra dos consumidores.

Entre março de 2021 e agosto de 2022, o Banco Central aumentou doze vezes seguidas a taxa básica de juros da economia Selic. Com isso, a taxa chegou a 13,75% ao ano, o maior percentual desde novembro de 2016.

Variação do endividamento entre as faixas de renda

Segundo a Peic, os consumidores que tiveram as maiores taxas de endividamento em junho foram aqueles de renda mais baixa. Por outro lado, os consumidores com o rendimento mais elevado tiveram percentuais um pouco menores no mês, mas ainda bastante elevados.

Confira abaixo os percentuais de endividamento por faixa de renda em março:

  • Renda de 0 a 3 salários mínimos: 79,2%;
  • Renda de 3 a 5 salários mínimos: 79,3%;
  • Renda de 5 a 10 salários mínimos: 78,1%;
  • Renda superior a 10 salários mínimos: 74,9%.

Inadimplência continua muito elevada

Além do endividamento, o número de famílias inadimplentes também se manteve em patamar bastante elevado em junho. Segundo Peic, quase três em cada dez famílias tinham dívidas em atraso no país.

A taxa foi de 29,2% no mês passado, ligeiramente superior à inadimplência registrada em maio (29,1%). Da mesma forma, a taxa também superou o valor registrado em maio de 2022 em 0,7 p.p., já que a dívida vencida atingiu 28,5% dos domicílios do país em junho de 2023.

“O equilíbrio entre os objetivos de estabilidade de preços e crescimento econômico é um desafio que deve ser percorrido e será decisivo para a retomada do desenvolvimento do país”, disse o presidente do CNC, José Roberto Tadros. Segundo ele, o crescimento do endividamento e a inadimplência afetam o consumo das famílias no país.

Em suma, quem tem dívidas ou contas em atraso está em atraso. Aliás, existem alguns fatores que levam ao aumento da inadimplência dos consumidores, como possuir mais de um cartão de crédito e não se atentar à saúde financeira e aos prazos de pagamento das contas.

12% da população não tem como pagar dívidas

Peic também revelou que 12% das pessoas não conseguirão pagar suas dívidas em atraso. Esse percentual aumentou tanto em relação ao mês anterior (11,8%) quanto em relação a junho do ano passado (10,6%), refletindo o aumento das dificuldades financeiras do país em junho deste ano.

Então, para evitar o endividamento e a inadimplência e não aumentar os números de pesquisas como a Peic, fique atento à sua situação financeira e assuma dívidas somente quando necessário.

Fonte: Noticiasconcursos


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